Símbolos Heráldicos
De acordo com a Lei 53/91, de 7 de Agosto, as freguesias têm direito à constituição e uso de símbolos heráldicos, que são os brasões de armas, as bandeiras e os selos e a Quinta do Conde começou a encarar a criação de símbolos heráldicos a partir de 1993. Em meados de 1995 a Junta submeteu uma proposta à consideração da Assembleia de Freguesia, acompanhada do parecer favorável da Comissão de Heráldica da Associação de Arqueólogos Portugueses, que acabou rejeitada por partir da ausência de factos históricos próprios, o que na ocasião foi contestado.
No início do mandato seguinte o executivo da Freguesia abriu aos particulares a apresentação de trabalhos e sugestões. Em Junho de 1998 registavam-se progressos e na Feira Festa foram expostos alguns trabalhos. Entretanto, três interessados (Vítor Antunes, Otília Rosado e Paulo Adriano Baptista) constituíram-se num grupo, executaram uma proposta e encetaram diligências, designadamente com a Comissão de Heráldica.
Chamada a pronunciar-se oficiosamente em 27 de Novembro de 1998 a Assembleia de Freguesia aprovou unanimemente, por voto secreto dos seus membros, a proposta “B”, da responsabilidade dos três autores referenciados. Depois, a Comissão de Heráldica emitiu o seu parecer, estabelecendo uma bandeira esquartelada a verde e branco e o seguinte brasão: escudo de prata, cruz da Ordem de Santiago, de vermelho, entre dois corvos de negro, postos em cortesia; em campanha, coronel de conde, de verde, com suas pedrarias. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: “QUINTA DO CONDE”. Antes da publicação no Diário da República (13 de Maio de 1999), a Assembleia de Freguesia havia sido chamada a ratificar a escolha, o que fez mais uma vez por unanimidade.
Os elementos que compõem o brasão pretendem, cada um por si, representar algo de influente no passado, presente ou futuro da localidade. A cruz da Ordem de Santiago simboliza a ligação ao concelho de Sesimbra, que foi, recorde-se, um prolongado domínio daquela Ordem. Os dois corvos que flanqueiam a cruz associam o vínculo de seis séculos do Mosteiro de S. Vicente à Quinta do Conde. De acordo com a lenda os corvos teriam acompanhado sempre o corpo do santo mártir, guardando-o dos infiéis. Mais breve, mas mesmo assim de séculos, foi a relação com os Condes de Atouguia, representada com a coroa, na base do brasão. A cor verde atribuída à coroa não é alheia ao crescimento e desenvolvimento que se pretende para a Quinta do Conde.